Meio que eu aqui.

Quando me olho no espelho vejo uma briga de gigantes, minha auto estima versus minha razão. A auto estima tenta me convencer que apesar dos pequenos defeitos, sou uma menina linda, de olhos profundos e belos, realçados por grossas sombrancelhas, belas também, que tenho um corpo invejável. Já minha razão diz que sou magra demais, ninguém quer saber de meninas magras hoje em dia, seus seios parecem mais com amendoins, e suas pernas são finas demais, não não, você não tem jeito. Minha auto estima rebate analisando minha personalidade. Ah, que menina mais doce, você é delicada, risonha, divertida, faz todos rirem! É inteligente, tem uma percepção enorme pelas epifanias, consegue conversar sobre tudo, é uma ótima amiga, leal e companheira. A razão ri na cara da pobre auto estima. Esta garota é rancorosa, vive de mau humor, é preconceituosa, tímida demais, um tanto retardada ás vezes, ninguém gosta de pessoas retardadas. Além do mais, ela é gananciosa, materialista e ambiciosa, posso até te dizer que a menina é falsa! As duas então embasbacadas com as afirmações ditas, se encaram, se olham e viram seus rostos. Não tem jeito, não chegaremos a um consenso, isto é um empasse. E então volto a mim, lavo o rosto e saio para viver mais um dia, completamente novo, e completamente confuso, meu humor do dia?! Hum, dificilmente sei dizer qual é. Vivo neste empasse de personalidade, não brinco quando digo que não sei quem sou, pois posso ser tanto, e ás vezes tão pouco.